
Há meses que nós, professores, somos confrontados com duas palavras quase diariamente: "tranquilidade" e "evidências". A primeira é para que estejamos "tranquilos" (entenda-se - hipnotizados) mediante a enorme atrocidade que é o processo de avaliação dos professores (nacional ou regional, nenhum presta!), ao passo que as "evidências" funcionam como aquelas provas que temos de apresentar ao "povo" a fim de garantir que fomos melhores do que o ministério/secretaria da educação poderia imaginar (tal é a falta de capacidade intlectual que por lá grassa).

Uma colega mandou-me hoje uma animação baseada no poema "Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores", onde todos os versos espelham o nosso momento.
Fiquei arrepiada, até! Lembrei-me, sem me lembrar, do antes do 25 de Abril, onde os Homens e Mulheres livres recorriam à poesia, arte ou música para se expandirem, para comunicarem (a Censura, como não atingia a verdade das Coisas, nem percebia a Mensagem e deixava passar julgando tratar-se de inocentes jogos de palavras).
Mas... para quê tudo isso?
A Vida é muito mais do que evidências destas. As minhas evidências, muito mais do que os resultados dos meus alunos, são vê-los felizes, realizados, livres e corajosos na sua vida. Assim, esperar não é saber... vamos fazer a hora e gritar, com a alegria maior, somos livres de dar com uma mão sem que a outra veja.
Viva a Educação em Portugal! Vivam os Professores em Portugal!