domingo, 17 de fevereiro de 2013

Um Carnaval sem os [tais] coscorões

E todos os anos era assim: ora malassadas, coscorões ou biscoitos fritos e o seu ex-libiris - os sonhos!
Ela adorava comemorar os dias festivos. Adorava o Carnaval. Sempre que podia lá usava um disfarce ou outro. Encostava-se à parede, braços cruzados e ria-se com os meus disparates e as nossas partidas (oriundas de uma escola de partidas, onde ela era professora também!). E depois, lá distribua a...s guloseimas pela família, pelos amigos.
Este ano, com ela a crescer dentro do meu coração, lá fiz os coscorões. Foi no domingo. Julgo que ela meteu as mãos na cabeça e disse "Oh, filha, porque é que não prestaste mais atenção?". Mãe, respondo eu, julguei que seriam sempre feitos por si. Julguei que seria eterna nesta dimensão. Bom, isto tudo porque os meus primeiros coscorões foram tipo borracha com açúcar e canela, apesar de ter ouvido boas críticas (simpatia de amigos).
Hoje foi dia de biscoitos fritos! Estes sim, são sempre bons. Ela deve ter dito "Anita, estão bons assim. Não deixes o óleo aquecer muito!".
Mãe, vivi o Carnaval, como lhe prometi há pouco mais de 2 meses. Rodeada de gente boa e amiga. Todos os dias me lembro do que me disse, no início do seu sofrimento: tu sabes viver e Deus me livre se não fosse a tua boa disposição.
Obrigada, Mãe, pela Alegria que me soube passar. Bom Carnaval!!!